A Fundação Nova Suiça Rachele Steingruber foi criada em Mato Grosso em 1991, no bairro 23 de setembro em Várzea Grande. É uma instituição de utilidade pública que trabalha em diferentes áreas: saúde integral da família, desenvolvimento social, desenvolvimento das relações familiares e sociais, economia solidária e programa sócio educativo.

A entidade realiza um projeto inédito que atende crianças e famílias em condições de vulnerabilidade social. O objetivo é a melhoria da qualidade de vida das famílias carentes.

Conforme explica a diretora geral da fundação, Neuza Zandonato, o trabalho tem a parceria da Universidade Federal de Mato Grosso, que realizou uma pesquisa. Os estudantes do curso de Serviço Social visitaram centenas de famílias de bairros periféricos de Várzea Grande. A pesquisa coletou dados sobre as condições sócio-econômicas e culturais, bem como a escolaridade dos membros das famílias. O resultado serviu de base para o desenvolvimento do Plano de Ação da entidade. 

Neuza informou que atualmente 33 famílias estão cadastradas. Elas recebem tratamento médico odontológico e psicológico. Além de corte de cabelo e outros benefícios.

Conforme a assistente social, Silvia Aparecida Tomaz, diretora operacional da Fundação, é uma mudança de paradigma. “Iniciamos com a parceria com a UFMT na prevenção e promoção na área social. Ele lembrou que a pesquisa foi iniciada há cinco anos com 230 famílias através de um estudo sócio econômico. Foi realizado feito um mapeamento no bairro 23 de setembro. No inicio foram selecionadas apenas 14 famílias. Este ano, são 50 famílias. A proposta de trabalho de cada grupo com as famílias é de cinco anos, com o compromisso de ajudar cada família. Por cada grupo são 4 a 5 famílias assistidas. O trabalho de terapia em grupo ou individual, para cada situação, até mesmo dos problemas com alcoolismo e drogas. Eles recebem também o apoio do Programa Alcoolicos Anônimos. “O diferencial é o acompanhamento de cada famílias pelos grupos“, ressaltou Silvia.

Rachele Steingruber -Suíça de nascimento, ela viveu mais de 50 anos em Várzea Grande onde criou uma escola que leva seu nome e um hospital, numa época em que saúde não era obrigação do poder público. Atualmente, ela criou um grupo de voluntários para gerir a fundação. "Fazemos um trabalho de orientação na área da saúde às famílias necessitadas cadastradas na fundação. Rachele deixou a cidade de Cantonia Appenzell, na Suíça, no ano de 1.949 para morar no Brasil. Ela conheceu o país numa visita ao seu irmão Benjamin que morava em Mato Grosso. Ao presenciar a situação da população naquela época, Rachele se emocionou e decidiu se entregar de corpo e alma na ajuda aos pobres. Após várias passagens por regiões que não tinham assistência médica por serem afastadas dos grandes centros, ela fixou residência em Várzea Grande. Por aqui, fundou um ambulatório médico que logo começou a ser procurado pela população de baixa renda. Da Cidade Industrial, ela e a irmã Rebecca partiam em expedições em direção aos sertões e florestas para visitar as populações e indígenas, numa região quase 15 vezes maior que a Alemanha. Rebecca atualmente trabalha na Fundação. 

Nessas regiões não haviam médicos. Rachele e Rebecca deram assistência por mais de 20 anos e eram ali a salvação de muitas pessoas", lembra Lacordaire. As irmãs faziam partos, tratavam doenças tropicais, infecções, desnutrição, hanseníase, extraíam dentes e faziam até pequenas cirurgias. Com seus conhecimentos de enfermagem e serviços prestados, as irmãs Streingruber foram chamadas de "Anjos de Mato Grosso". Raquele recebeu o título de cidadã mato-grossense e várzea-grandense.

Nestor Fidelis - Soc. de Advogados, por meio de sua equipe, contribui há anos com "a Fundação", tendo trabalhado em questões jurídicas administrativas e judiciais, bem como no âmbito dos serviços de promoção social, razão pela qual convida a todos os que queira exercitar o amor a conhecer e contribuir com este excelso projeto de vidas.


"Somente podemos melhorar a qualidade de vida das famílias, se nossas crianças puderem desabrochar"
(Rachele Steingruber)

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